terça-feira, 24 de abril de 2007

Perturbação...


Tenho diversos intervalos de pensamentos em pequenos espaços de tempos moderados. Faço questionamentos do que pensar, de como e do por que. Penso, penso e penso e quando vou perceber ainda estou no primeiro pensamento e os outros fugiram sem deixar pistas. Passo horas tentando entender o porquê pensei no que me embasei e como concluir o pensamento. Na verdade eu acho que eu penso demais e que às vezes só complica, e me deixa confusa, complexa, congestionada. Por que os cons ou coms sempre tem uns qs muito diversos.
Viajarei em pequenos delírios brancos, que farão parte do lençol azul turquesa da minha cama, uma cama vasta que apensas caberá eu e você, meu amor...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Vermelho


Faço buscas intermináveis de cores, mas acabou me deparando no vermelho, ele me excita, é provocante, me chama atenção de algo que não sei do que se trata. Sempre que tenho uma idéia baseada em algo eu só penso em vermelho, parece até que nos meus olhos existe uma lente vermelha, que além dela posso ver tudo diferente. Primeiro o vermelho, segundo o vermelho, terceiro o vermelho, ai bem, só na quarta vez posso substituí-lo por outra cor.
O mundo seria muito mais bonito se fosse vermelho, teria mais paixão, mais tesão pelas coisas que iriam fazer. Tristezas ou depressões nunca, você estaria sempre num estado de constante excitação.
Já são 4 horas da manha, e qual a primeira coisa que eu penso? Se um dia o vermelho vai se acabar. Vermelho sua cor primaria desgraçada está pensando que pode assim sair da minha vida, nem pode, te venero, te rogo, sou completamente apaixonada, é uma obsessão absoluta.
Ai, um cisco cai no olho, à vermelhidão domina o espaço branco que envolve a minha íris e um incomodo, não vou retirá-lo até observar todas as reações que pode ocorrer e todos os tons de vermelho que puder aparecer, estou aqui para provas constantes, desafios que a minha vida puder me proporcionar.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Uma vida tão insignificante?

O que seria da minha vida sem um cigarro, da minha insignificante vida, de perdas e mais perdas, dilatações e desfragmentos no meu coração.
A cada tragada sinto como se estivesse dando o último suspiro do meu ausente eu. Cada rota pela casa a procura de um mísero cigarro mais decadência e dependência desse vicio mais repugnante que existe. O que fazer então com uma vida tão insignificante?
Dizem por ai que eu sou a causa dos problemas, que eu só dou trabalho, que o fato de dormir várias horas seguidas é razão da minha falta de maturidade, que eu não consigo fazer nada certo, não consigo ser constante nas coisas, que sou contraditória ou mesmo que sem mim tudo seria mais fácil e mais simples. Mas por que será? Será que eu sou um fado para todos, será que a minha única escolha seria desaparecer? Na verdade não me considero assim, me considero algo em constante modificação e que estou num estágio da minha linhagem de inovações que com o passar dos dias vou acabar aprendendo com os meus próprios erros de como me convencer que não consigo agir de maneiras certas e ser uma pessoa perfeita para sociedade em que vivemos, porque tudo é uma questão do conceito básico de sua sociedade ou cultura, eu poderia ser assim em outro lugar e estaria certa, mas nesse lugar sou um incomparável erro ambulante, retórico até ao meu tempo.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Posso até tentar esquecer que quero lembrar que quero entender...


O que corre nas minhas veias é o sangue envenenado com o tempo, são resquícios do que seria algo genial e comparativo, é uma vivência covarde de enfrentar a vida, o amor e a desilusão.
Quando o som toca os pecados trançados do meu peito eu me recorro a simples devaneios da minha mente, uma prisão que me revoga pra dentro de uma caixa que o lacre não tem como ser aberto e passam horas, dias, anos e até séculos pra perceber-me do que fiz comigo mesmo.
Minha mente é seletiva pra fatos que me interessam, acho que em todas as mentes são assim. Eu recorro dos artifícios mais banais que se possa existir, troco as ordens das frases de determinadas coisas pra não ter que me esforçar a entendê-las. Guardo lembranças numa espécie de baú, que quando abro, sinto o calor e o temor do que deixei pra trás. O meu tempo para, com determinadas ações ou acontecimentos. Acho até que são atos do meu oficio, acumular tudo num gravador interno e empilhar as fitas numa prateleira e naquele dia necessário sair à procura da tal coisa. Mas o que seria essa tal coisa? O que essa coisa iria mudar no meu eu? Eu poderia até responder, existem várias respostas, poderia listá-las aqui como num passe de mágica, no entanto todas mentidas e de mentiras já basta.
A verdade é que existem coisas que desejamos e outras coisas que não desejamos isso é só uma questão de escolha. Mas será que eu tenho escolha? Essa é uma boa pergunta, já me fiz varias vezes, já tentei me analisar e imaginar como eu seria se fosse diferente, mas não pensem que eu queria ser diferente, pelo contrário, estou muito bem assim e obrigado. Só que eu ainda tenho a cruel curiosidade de entender muitas coisas. Posso até tentar, esquecer que quero lembrar que quero entender, então acabo chegando ao mesmo ponto que parei o início e sair desse inicio nunca é fácil, você passa horas e horas dialogando consigo tentando criar seu melhor argumento pra começar de novo, tenta achar razões e explicações do que é aquilo, e nunca acha, só encontra mais dúvidas, dúvidas e dúvidas. Por isso decidi não ter mais dúvidas e quando sentir que não sei do que se trata ai que irei à luta. Chega de argumentos falsos, só me embasarei em algo daqui pra frente se tiver um pouco de sanidade, porque ser insano é o momento eterno que ocorre na minha vida.
Às vezes eu penso (não sei se você pensa o mesmo, porque a gente pensa que é só a gente que pensa as coisas), por que razão eu preciso tanto entender, por que eu não deito no meu travesseiro todas as noites e sonho com carneirinhos, mas não, vocês têm que tirar o meu sono, seus pensamentos estúpidos. E o que fazer quando não se pode dormir? Isso também é uma questão de escolha, você pode ir pelo lado mais difícil ou pelo mais fácil, o mais difícil tem que ter disposição de tempo e o prazer demora um pouco, já o mais fácil tem alivio imediato, no entanto você nunca mais vai lembrar do pensou antes do prazer. O que você escolheria? Eu escolho o mais o difícil, explicarei então, porque o mais fácil você pode executá-lo a qualquer momento do dia e não precisa de acumulações de idéias. Já o mais difícil só pode ocorrer quando seus pensamentos estão quase no limite.
Só um momento preciso de um cigarro é rápido então as informações somem igual à fumaça quando encontra o ar. Eu disse tanto, tentei me explicar o máximo possível, mas se eu não entendi, imagina você. Mesmo com muitos obstáculos vou tentar concluir, e ai vai, preste atenção, não vou repetir. A conclusão é que, por mais que eu me esforce e coloque todos os pontos nos is, para chegar até a conclusão terei que passar por um processo complexo, mas como eu conseguiria chegar até o fim se não consigo sair nem do começo? Isso eu não sei explicar, o que eu sei é que se eu tento fazer algo já é um bom começo, vou esvaziando um pouco minha memória e os pensamentos ficam menos confusos, no entanto creio eu que um dia eu conseguirei ser como você, já estou ansioso, terei escolhas, escolhas certas, terei tudo o que mais venero no momento, mas agora só quero viver, viver pensando no dia de morrer e não precisar mais tentar entender o porque.