quarta-feira, 18 de abril de 2007

Uma vida tão insignificante?

O que seria da minha vida sem um cigarro, da minha insignificante vida, de perdas e mais perdas, dilatações e desfragmentos no meu coração.
A cada tragada sinto como se estivesse dando o último suspiro do meu ausente eu. Cada rota pela casa a procura de um mísero cigarro mais decadência e dependência desse vicio mais repugnante que existe. O que fazer então com uma vida tão insignificante?
Dizem por ai que eu sou a causa dos problemas, que eu só dou trabalho, que o fato de dormir várias horas seguidas é razão da minha falta de maturidade, que eu não consigo fazer nada certo, não consigo ser constante nas coisas, que sou contraditória ou mesmo que sem mim tudo seria mais fácil e mais simples. Mas por que será? Será que eu sou um fado para todos, será que a minha única escolha seria desaparecer? Na verdade não me considero assim, me considero algo em constante modificação e que estou num estágio da minha linhagem de inovações que com o passar dos dias vou acabar aprendendo com os meus próprios erros de como me convencer que não consigo agir de maneiras certas e ser uma pessoa perfeita para sociedade em que vivemos, porque tudo é uma questão do conceito básico de sua sociedade ou cultura, eu poderia ser assim em outro lugar e estaria certa, mas nesse lugar sou um incomparável erro ambulante, retórico até ao meu tempo.

2 comentários:

Unknown disse...

você é significante para mim.. ;*

Anônimo disse...

Sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava.

Bukowski é um imbecil maravilhoso.