terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um pouco atrasada


- Você chegou um pouco atrasada, não é? A peça já comecou e ela já esta se apresentando.

- Pois é, me atrasei um pouco. Mas não iria perder.

- Faz quanto tempo que vocês nao se falam?

- Nao, nao. Não faz muitos, quinta feira passada ela deu uma passada la em casa, disse que estava ensaiando perto dali e pensou em passar para saber como eu estava. Chegou por volta das 8:30, mas eu nao estava só, pedi pra que ficasse e como tinha vinho na geladeira bebemos logo a pois que ficamos a sos. Conversamos um pouco, mas ela sempre muito calada, tentamos falar de coisas banais, nada sobre nois, para que nao fosse relembrando. Por volta das 11 horas ela ligou para casa e avisou que ia dormir comigo. Passamos a noite tentando nos entregar e quando pela manha acordamos e caladas almocamos juntas, logo apos ela foi embora repleta de duvidas e cheia de meias palavras, e nunca mais a recebi como visita. Apesar de sempre encontra-la em flashs nos corredores com aspecto de fugitiva.

- Sei, ela está há apresentar um ato, numa peça que ja estava montada e ela so se adaptou a uma personagem.

- Bem, eu sei. Isso sou eu, ou reflexoes do sobre mim, numa das ultimas vezes que estivemos juntas.

- A escolha da musica foi essencial para o seu descobrimento ne?

- Sim. São minhas pequenas memórias que ainda podem existir no seu coração, isso eu sei ao certo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

As aventuras do pequeno ramnster por Agatha Six Nine


Essa historia comecará com um narrador que fará o papel de indentificar os sentimentos do personagem principal, passando a mensagem de forma que parecerá que ele próprio é que estará vivenciando essa história. Baseado em fatos reais com persogens ficticios.

“Eu estou na crise dos vinte e poucos anos, você sabe o que significa isso? Você pode imaginar queixas que tenho na minha cabeça? Eu sou desempregada, estou no terceiro curso da minha vida e o mesmo pela segunda vez, e amanhã de manhã quando eu acordar, não terei um lugar para ir, não vou ter nada pra me preocupar, não terei lembranças, não farei parte daquelas pessoas que precisam do seu semelhante em outra qualquer galaxia, eu não terei um clone, e as causas do mundo não me interessaram. Eu farei minha rotina, acordarei meio dia, com o pensamento vago e aspero, levantei da cama com o ar de neblina entre do meu busto, sentirei as gotas do chuveiro deslizar sem frescor e olharei para a tela do computador com uma puta preguiça de escrever as coisas que eu sinto, de tentar reinventar outra forma de sentir as palpitações do meu pequeno coração de ramster, que sempre se aguneia quando ver o predador cheirar seu pescoço, pensando que é carne de pura qualidade. E ainda se perguntar: Eu acordei mesmo pra que?”

O ramnster se deita na beira da piscina e o seu amigo passaro senta do seu lado, olha pro ramnster com espanto e tenta conforta-ló. De repente o passaro bate as asas e começa a cantar: “Turu ru ri ru ri ra ru ru ri ru, dengolengo dengolengo dengolengo dengolengo, o amor faz a gente sofrer, mas devolve a vida também e mesmo sendo bandido e magoando, mas sempre tras a verdade, que não queremos ver, entao abra os abraços e se entregue..Turu ru ri ru ri ra ru ru ri ru, ahhhhhhhhhhhhh, passagem, loucura e dor...Turu ru ri ru ri ra ru ru ri ru.” O ramnster se levantou e voou com o seu amigo.

“Você está vendo as nuvens? Já notou que elas não são retas, que tem muitas imperfeições? Imagina você, pequeno ramnster, que nem chega a metade da nuvem que ser perfeito? O ser de forma organica, inclinada e curva, tem muitas dificuldades em aceitar esse tipo de dimensoes, tudo que tem curvas, tudo que tem movimento, é dificil de administrar, por isso é tão gostoso quando estamos no apice das emoções, o que vem de fora nunca atingi você. Mas, escute pequeno hamnster isso é só questão de equalização, coloque uma balança em você e não tire até quando se igualar. Faça isso depois você me agradece, agora curta seu passeio.”

E o passaro de asas rosas voou até o entardecer, e ao chegar da lua, o sol levou junto o ramister e o passaro rosa, que nunca mais me visitaram, a loja de flores. Me contaram que eles derreteram no sol, outros disseram que viraram astronautas e estavam trabalhando na NAZA, mas sinceramente não acredito, deve ser tudo boatos de gente que não perde a mania de falar dos outros, eu acredito que eles foram voltaram para gaiola e de tão gordos não podem mais arriscar em fugir. Risco incansavel, enfim.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Outras paisagens...


Todo dia eu falo aqui pra nos, o que seria diferente nessa vida se você tivesse nascido mais segura, mas confiante, mais expansiva, mas cheguei à pequena conclusão, que a essência das pessoas não muda, eu nasceria da mesma forma, só que em dia, mês e ano diferente.
Assim começa minha história, de sempre querer entender o que se passa na cabeça dos outros e na minha.
Um dia eu estava sentada naquele banquinho, naquela rua, aquela lá que eu esqueci o nome, que tem uma arvore grande e florida, que tem uma graminha em volta da praça com o banco bem no meio, gosto de sentar lá pra pensar um pouco sobre tudo, e me sentir no centro dos problemas que irei resolver, mas nunca consigo resolver, é tudo tão difícil, tudo complicado. (affeeee) As vezes até desisto de existir. Mas pra que desistir se a vida é uma eterna luta do próprio ser, de ser o que é e de mudar, inovar, crer e crescer. É pensando bem eu estou precisando crescer um pouco, revigorar meus conceitos, expandir meus horizontes. Sentar em outros bancos, de outras cores, em outras praças, com outras árvores, praças de outras formas, que tal um quadrado dessa vez, pelo menos com lados lineares eu possa me estabilizar e tirar proveito disso tudo.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Perturbação...


Tenho diversos intervalos de pensamentos em pequenos espaços de tempos moderados. Faço questionamentos do que pensar, de como e do por que. Penso, penso e penso e quando vou perceber ainda estou no primeiro pensamento e os outros fugiram sem deixar pistas. Passo horas tentando entender o porquê pensei no que me embasei e como concluir o pensamento. Na verdade eu acho que eu penso demais e que às vezes só complica, e me deixa confusa, complexa, congestionada. Por que os cons ou coms sempre tem uns qs muito diversos.
Viajarei em pequenos delírios brancos, que farão parte do lençol azul turquesa da minha cama, uma cama vasta que apensas caberá eu e você, meu amor...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Vermelho


Faço buscas intermináveis de cores, mas acabou me deparando no vermelho, ele me excita, é provocante, me chama atenção de algo que não sei do que se trata. Sempre que tenho uma idéia baseada em algo eu só penso em vermelho, parece até que nos meus olhos existe uma lente vermelha, que além dela posso ver tudo diferente. Primeiro o vermelho, segundo o vermelho, terceiro o vermelho, ai bem, só na quarta vez posso substituí-lo por outra cor.
O mundo seria muito mais bonito se fosse vermelho, teria mais paixão, mais tesão pelas coisas que iriam fazer. Tristezas ou depressões nunca, você estaria sempre num estado de constante excitação.
Já são 4 horas da manha, e qual a primeira coisa que eu penso? Se um dia o vermelho vai se acabar. Vermelho sua cor primaria desgraçada está pensando que pode assim sair da minha vida, nem pode, te venero, te rogo, sou completamente apaixonada, é uma obsessão absoluta.
Ai, um cisco cai no olho, à vermelhidão domina o espaço branco que envolve a minha íris e um incomodo, não vou retirá-lo até observar todas as reações que pode ocorrer e todos os tons de vermelho que puder aparecer, estou aqui para provas constantes, desafios que a minha vida puder me proporcionar.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Uma vida tão insignificante?

O que seria da minha vida sem um cigarro, da minha insignificante vida, de perdas e mais perdas, dilatações e desfragmentos no meu coração.
A cada tragada sinto como se estivesse dando o último suspiro do meu ausente eu. Cada rota pela casa a procura de um mísero cigarro mais decadência e dependência desse vicio mais repugnante que existe. O que fazer então com uma vida tão insignificante?
Dizem por ai que eu sou a causa dos problemas, que eu só dou trabalho, que o fato de dormir várias horas seguidas é razão da minha falta de maturidade, que eu não consigo fazer nada certo, não consigo ser constante nas coisas, que sou contraditória ou mesmo que sem mim tudo seria mais fácil e mais simples. Mas por que será? Será que eu sou um fado para todos, será que a minha única escolha seria desaparecer? Na verdade não me considero assim, me considero algo em constante modificação e que estou num estágio da minha linhagem de inovações que com o passar dos dias vou acabar aprendendo com os meus próprios erros de como me convencer que não consigo agir de maneiras certas e ser uma pessoa perfeita para sociedade em que vivemos, porque tudo é uma questão do conceito básico de sua sociedade ou cultura, eu poderia ser assim em outro lugar e estaria certa, mas nesse lugar sou um incomparável erro ambulante, retórico até ao meu tempo.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Posso até tentar esquecer que quero lembrar que quero entender...


O que corre nas minhas veias é o sangue envenenado com o tempo, são resquícios do que seria algo genial e comparativo, é uma vivência covarde de enfrentar a vida, o amor e a desilusão.
Quando o som toca os pecados trançados do meu peito eu me recorro a simples devaneios da minha mente, uma prisão que me revoga pra dentro de uma caixa que o lacre não tem como ser aberto e passam horas, dias, anos e até séculos pra perceber-me do que fiz comigo mesmo.
Minha mente é seletiva pra fatos que me interessam, acho que em todas as mentes são assim. Eu recorro dos artifícios mais banais que se possa existir, troco as ordens das frases de determinadas coisas pra não ter que me esforçar a entendê-las. Guardo lembranças numa espécie de baú, que quando abro, sinto o calor e o temor do que deixei pra trás. O meu tempo para, com determinadas ações ou acontecimentos. Acho até que são atos do meu oficio, acumular tudo num gravador interno e empilhar as fitas numa prateleira e naquele dia necessário sair à procura da tal coisa. Mas o que seria essa tal coisa? O que essa coisa iria mudar no meu eu? Eu poderia até responder, existem várias respostas, poderia listá-las aqui como num passe de mágica, no entanto todas mentidas e de mentiras já basta.
A verdade é que existem coisas que desejamos e outras coisas que não desejamos isso é só uma questão de escolha. Mas será que eu tenho escolha? Essa é uma boa pergunta, já me fiz varias vezes, já tentei me analisar e imaginar como eu seria se fosse diferente, mas não pensem que eu queria ser diferente, pelo contrário, estou muito bem assim e obrigado. Só que eu ainda tenho a cruel curiosidade de entender muitas coisas. Posso até tentar, esquecer que quero lembrar que quero entender, então acabo chegando ao mesmo ponto que parei o início e sair desse inicio nunca é fácil, você passa horas e horas dialogando consigo tentando criar seu melhor argumento pra começar de novo, tenta achar razões e explicações do que é aquilo, e nunca acha, só encontra mais dúvidas, dúvidas e dúvidas. Por isso decidi não ter mais dúvidas e quando sentir que não sei do que se trata ai que irei à luta. Chega de argumentos falsos, só me embasarei em algo daqui pra frente se tiver um pouco de sanidade, porque ser insano é o momento eterno que ocorre na minha vida.
Às vezes eu penso (não sei se você pensa o mesmo, porque a gente pensa que é só a gente que pensa as coisas), por que razão eu preciso tanto entender, por que eu não deito no meu travesseiro todas as noites e sonho com carneirinhos, mas não, vocês têm que tirar o meu sono, seus pensamentos estúpidos. E o que fazer quando não se pode dormir? Isso também é uma questão de escolha, você pode ir pelo lado mais difícil ou pelo mais fácil, o mais difícil tem que ter disposição de tempo e o prazer demora um pouco, já o mais fácil tem alivio imediato, no entanto você nunca mais vai lembrar do pensou antes do prazer. O que você escolheria? Eu escolho o mais o difícil, explicarei então, porque o mais fácil você pode executá-lo a qualquer momento do dia e não precisa de acumulações de idéias. Já o mais difícil só pode ocorrer quando seus pensamentos estão quase no limite.
Só um momento preciso de um cigarro é rápido então as informações somem igual à fumaça quando encontra o ar. Eu disse tanto, tentei me explicar o máximo possível, mas se eu não entendi, imagina você. Mesmo com muitos obstáculos vou tentar concluir, e ai vai, preste atenção, não vou repetir. A conclusão é que, por mais que eu me esforce e coloque todos os pontos nos is, para chegar até a conclusão terei que passar por um processo complexo, mas como eu conseguiria chegar até o fim se não consigo sair nem do começo? Isso eu não sei explicar, o que eu sei é que se eu tento fazer algo já é um bom começo, vou esvaziando um pouco minha memória e os pensamentos ficam menos confusos, no entanto creio eu que um dia eu conseguirei ser como você, já estou ansioso, terei escolhas, escolhas certas, terei tudo o que mais venero no momento, mas agora só quero viver, viver pensando no dia de morrer e não precisar mais tentar entender o porque.